Era uma vez um desafio em Diablo 3...
Chegar ao nível máximo sem morrer, o que poderia dar de errado
O ano era 2013, estávamos no mês de setembro. Fazia pouco mais de um ano que Diablo 3 havia sido lançado e eu ainda estava no hype. Explicando para minha cunhada, Maria Alice, como era o jogo e o quanto eu gostava de jogar no modo hardcore ela me fez um desafio: "duvido você chegar no level 60 no modo hardcore".
Ela duvidou das minhas capacidades, disse que não era possível tal feito, não para um reles mortal como eu. Sabe quando a pessoa fica falando no seu ouvido: du-vi-dê-o-dó... Então eu fiz uma aposta, daquelas que a gente faz sem valer nada, e decidi gravar para eternizar a cena.
A ideia original era gravar todo o leveling do personagem, contudo, nem tudo saiu como o planejado. O primeiro vídeo ficou bem extenso, com quase meia hora, e minha cunhada não poderia me acompanhar durante os 60 níveis até completar o desafio. Eu sempre achei que ela leva jeito para gravar gameplay, com um senso de humor muito bom — chegando ao nível doente mental quase sempre — seria um diferencial para os vídeos. Enfim, no final decidi que algumas cenas ficariam sem registro mesmo.
Na reta final do desafio, faltando 9 níveis para chegar no 60, algo surreal aconteceu. Era um sábado de sol, estávamos gravando, vibrando com cada nível conquistado. Sem mais nem menos, a tela do computador desliga junto com a CPU. Olhei para o lado espantado e vi minha esposa mexendo na tomada. Foi nesse momento que surgiu a celebre frase da minha família: "puta que pariu Aline, você não fez isso".
Minha digníssima esposa foi ligar alguma coisa e decidiu que a tomada do PC estava atrapalhando-a. Quando consegui ligar o PC, ainda na esperança do personagem ter sobrevivido, veio a tristeza. O personagem morreu e a gravação se perdeu.
Depois disso parei de jogar Diablo hardcore... só que não. Porém, não voltaria a jogar de arcanista tão cedo. O legal desse desafio era que eu deveria faze-lo com uma classe que não estava acostumado a jogar. meus preferidos sempre foram os caçadores de demônios, cruzados e, agora, necromantes. O tempo passou, o vídeo ficou esquecido junto com o desafio e Jaina, a arcanista, nunca teve sua morte vingada... até hoje.
Com menos de um dia para o fim da temporada 13, um sentimento nostálgico fez-me upar uma arcanista. Lembrei de Jaina, seu nível 51 e suas 29 horas de jogo (ainda bem que não gravei tudo isso). Naquela época o nível máximo era 60, a casa de leilões ainda estava ativa e o capiroto era o desafio supremo do game. Não haviam fendas, nem as grandes e nem as normais. Maltael era lembrado apenas como o Arcanjo da Sabedoria. Hoje, além de chegar no nível máximo, consigo passear pelo Suplício VI... acredito que o desafio foi concluído com sucesso — com quase cinco anos de atraso.
O legado de Jaina não parará na temporada 13. Na próxima temporada, dia 15 de junho, ela estará sedenta de vontade de matar demônios e extravasar todo o poder arcano que foi contido por anos. Nos vemos no Santuário.
O ano era 2013, estávamos no mês de setembro. Fazia pouco mais de um ano que Diablo 3 havia sido lançado e eu ainda estava no hype. Explicando para minha cunhada, Maria Alice, como era o jogo e o quanto eu gostava de jogar no modo hardcore ela me fez um desafio: "duvido você chegar no level 60 no modo hardcore".
Ela duvidou das minhas capacidades, disse que não era possível tal feito, não para um reles mortal como eu. Sabe quando a pessoa fica falando no seu ouvido: du-vi-dê-o-dó... Então eu fiz uma aposta, daquelas que a gente faz sem valer nada, e decidi gravar para eternizar a cena.
A ideia original era gravar todo o leveling do personagem, contudo, nem tudo saiu como o planejado. O primeiro vídeo ficou bem extenso, com quase meia hora, e minha cunhada não poderia me acompanhar durante os 60 níveis até completar o desafio. Eu sempre achei que ela leva jeito para gravar gameplay, com um senso de humor muito bom — chegando ao nível doente mental quase sempre — seria um diferencial para os vídeos. Enfim, no final decidi que algumas cenas ficariam sem registro mesmo.
Na reta final do desafio, faltando 9 níveis para chegar no 60, algo surreal aconteceu. Era um sábado de sol, estávamos gravando, vibrando com cada nível conquistado. Sem mais nem menos, a tela do computador desliga junto com a CPU. Olhei para o lado espantado e vi minha esposa mexendo na tomada. Foi nesse momento que surgiu a celebre frase da minha família: "puta que pariu Aline, você não fez isso".
Minha digníssima esposa foi ligar alguma coisa e decidiu que a tomada do PC estava atrapalhando-a. Quando consegui ligar o PC, ainda na esperança do personagem ter sobrevivido, veio a tristeza. O personagem morreu e a gravação se perdeu.
Depois disso parei de jogar Diablo hardcore... só que não. Porém, não voltaria a jogar de arcanista tão cedo. O legal desse desafio era que eu deveria faze-lo com uma classe que não estava acostumado a jogar. meus preferidos sempre foram os caçadores de demônios, cruzados e, agora, necromantes. O tempo passou, o vídeo ficou esquecido junto com o desafio e Jaina, a arcanista, nunca teve sua morte vingada... até hoje.
Com menos de um dia para o fim da temporada 13, um sentimento nostálgico fez-me upar uma arcanista. Lembrei de Jaina, seu nível 51 e suas 29 horas de jogo (ainda bem que não gravei tudo isso). Naquela época o nível máximo era 60, a casa de leilões ainda estava ativa e o capiroto era o desafio supremo do game. Não haviam fendas, nem as grandes e nem as normais. Maltael era lembrado apenas como o Arcanjo da Sabedoria. Hoje, além de chegar no nível máximo, consigo passear pelo Suplício VI... acredito que o desafio foi concluído com sucesso — com quase cinco anos de atraso.
O legado de Jaina não parará na temporada 13. Na próxima temporada, dia 15 de junho, ela estará sedenta de vontade de matar demônios e extravasar todo o poder arcano que foi contido por anos. Nos vemos no Santuário.
Nenhum comentário